quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Turmas do Colégio Evilásio Santana Gama (seminários temáticos)







 Pesquisa e estudo:






 Professora Elena Carvalho do Nascimento


Movimentos sociais hoje(seminários temáticos)



Movimentos sociais hoje

De 1988 aos dias atuais, podemos observar uma série de movimentos pela efetivação de direitos existentes e pela conquista de novos direitos. Vivemos sob uma constituição que privilegia os direitos humanos (civis, políticos e sociais) sobre a ação do Estado, e os movimentos sociais devem ser instrumentos para o questionamento das muitas desigualdades existentes no país.

Esses movimentos desenvolveram algo muito importante: a politização da esfera privada, ao tornar as carências das populações pobres (urbanas e rurais), dos negros, das mulheres, das crianças, entre outras, uma preocu­pação de toda a sociedade, e' não somente do Estado. Abriu-se no Brasil a possibilidade de se desenvolverem movimentos sem o controle do Estado, dos partidos políticos ou de qualquer instituição. Podemos citar, entre outros, os movimentos dos negros, das mulheres, dos indígenas, dos ambientalistas, dos sem-terra, dos sem-teto, etc.

Nenhum desses movimentos tem a preocupação de alcançar o poder do Estado, mas sim de fazer valer os direitos existentes nas leis e criar outros, isto é, eles são um meio de a população organizada participar politicamente, sem que precise estar ligada às estruturas estatais de poder. O que importa é ir além da legislação existente, procurando construir espaços políticos públicos, nos quais possam ser debatidas todas as questões importantes para uma sociedade politizada.

MST urbano ou Movimento dos Sem-Teto

Há no Brasil um movimento social que não aparece muito nos jornais e na televisão: o Movimento dos Sem-Teto, atuante principalmente nos grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Os sem-teto agem de modo organizado. Uma das formas de pressão que adotam é a ocupação de imóveis. As ações envolvem de cem a duzentas famílias, que se instalam no local escolhido e informam às auto­ridades que passarão a viver ali, mesmo em condições precárias, até que lhes seja propiciada uma opção de moradia.

Quando a polícia, em conseqüência de uma ação judicial, força a desocupação do local, os sem-teto procuram outro imó­vel e organizam nova ocupação. Os alvos mais freqüentes são imóveis velhos desocupados, em geral edifícios abandonados por proprietários que deixaram de pagar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), forçando o poder público a desapropriá-los. Em alguns casos, sob a pressão dos sem-teto, os governos declaram esses edifícios de interesse social, possibilitando que se tornem para quem não a tem.

A maioria dos participantes do Movimento dos Sem-Teto são trabalhadores que não têm con­dições de pagar um aluguel, mínimo que seja, ou que não querem morar na periferia, pois não têm recursos para pagar aluguel e transporte até seus postos de trabalho. Há entre os sem-teto trabalha­dores que ganham no máximo um salário mínimo, e muitos desempregados.



A revolta dos estudantes

Na terceira semana de setembro de 2003, milhares de estudantes de 12 a 22 anos paralisaram por três dias a capital da Bahia, Salvador, manifestando-se contra o aumento das passagens de ônibus. Em ações relâmpago, eles invadiam as principais ruas e avenidas e bloqueavam o trânsito, sentando-se no chão para impedir a passagem dos veículos.

A manifestação ocorreu sem nenhuma articulação de organizações estudantis; muito ao con­trário, os estudantes negaram a possibilidade de liderança tanto da União Nacional dos Estudantes (UNE) quanto da União Baiana dos Estudantes Secundaristas (UBES), pois não queriam ser acu­sados de servir como instrumentos políticos dessas organizações, que, na expressão deles, possuem vinculações partidárias. As ações relâmpago eram definidas em miniassémbléias e em cada ponto da cidade decidia-se quem' podia passar ou não. A preocupação era não prejudicar as pessoas que necessitavam chegar ao local de trabalho, além de garantir o livre trânsito de mulheres grávidas, idosos e portadores de alguma deficiência.

Em sua maioria, os participantes das manifestações eram alunos que viviam na periferia da cidade, o que significa que os gastos com transporte tinham um peso importante no orçamento familiar. Com o movimento, eles conseguiram que o prefeito e seus auxiliares sentassem para discutir o aumento e a implantação da meia passagem para os estudantes.

1- Os dois movimentos focalizados são diferentes, mas têm pelo menos um ponto em comum: a pressão para que as ações governamentais sejam direcionadas em favor dos que mais ne­cessitam de apoio no Brasil. O que você pensa sobre esse tipo de pressão? Ela pode ser eficaz na consecução de determinados objetivos?

2- A propriedade de um imóvel abandonado pode ser usada como argumento para não permitir que pessoas sem moradia o ocupem? A ocupação é a melhor forma de forçar uma tomada de decisão por parte dos governantes?

3- Você considera os movimentos dos estudantes por transporte mais barato importantes como experiência de participação na definição de políticas públicas para o setor? Você já participou de movimentos desse tipo? Em caso afirmativo, comente sua experiência.



Site alemão oferece "manifestantes de aluguel"

Promotores de causas perdidas ou simples­mente movimentos políticos sem apoio sufi­ciente na Alemanha podem a partir de agora alugar seus próprios manifestantes.

Desde dançarinas de strip-tease até exu­berantes Ferraris figuram na relação do erento.com, um site alemão especializado em alugar qualquer coisa imaginável. Mas, a partir deste ano, a empresa começou a oferecer "mani­festantes profissionais", homens e mulheres, geralmente estudantes, desocupados e apo­sentados, que por um pagamento especial se transformam em defensores de qualquer causa que se possa imaginar.

"Abrimos o serviço devido à crescente demanda", dizem os responsáveis pelo erento.com, Chris Móller e Uwe Kampschulte. "Em geral, não sabemos o que os manifestantes contra­tados acabam fazendo, mas naturalmente rechaçamos qualquer forma de agressividade ou extremismo de direita", afirmam.

Um manifestante não sai barato. Cada um custa em torno de US$ 150 por dia. Al­guns manifestantes, porém, cobram honorá­rios reduzidos por causas que os interessam. A empresa fica com 4,9% dos honorários de cada pessoa contratada. Criar uma manifesta­ção de caráter massivo pode custar uma fortu­na. Mesmo assim, a erento.com afirma que apenas na primeira semana de janeiro foi consultada por cerca de 50 clientes sobre os serviços des­ses "mercenários da opinião".

No final do ano, soube-se que uma mani­festação em frente ao Parlamento, que reuniu cerca de 200 membros da Associação de Mé­dicos Alemães contra uma nova lei de saúde, havia sido coberta por 150 manifestantes alu­gados e rapidamente disfarçados com o aven­tal branco. Alugar manifestantes também pode trazer benefícios de imagem. Se a causa carece de apoio jovem ou de adultos, de imigrantes ou de estudantes, o cliente pode pesquisar as fotos e os perfis de cada "manifestante" na página da erento.com para escolher o que mais lhe favorece. A empresa também se encarrega de alugar equipamentos como megafones, apitos, caminhões e todo o resto necessário para uma verdadeira manifestação.

A crescente despolitização da população parece fazer com que nem mesmo aqueles afetados diretamente em seus interesses reú­nam forças nem ânimo suficientes para sair às ruas. Os responsáveis pela empresa garantem, no entanto, que é impossível distinguir um manifestante real de um alugado. Com uma carteira recheada, muitas iniciativas poderiam simular um apoio popular inexistente, um pro­blema que já começa a preocupar juristas e políticos na Alemanha.

● Depois de ler essa notícia, você acredi­ta que os fatos narrados refletem uma des­politização da população ou o oportunismo de empresários que procuram diversificar suas fontes de rendimento? Você acha que vale a pena lutar para que os direitos das pessoas sejam mantidos e até ampliados ou considera inútil se manifestar, pois tudo "está dominado"?



Os movimentos sociais e as transformações recentes

O universo dos movimentos sociais se amplia e se restringe ao mesmo tempo. Ampliam-se as formas e restringem-se as es­peranças quanto a suas potencialidades trans­formadoras. A defesa dos particularismos, os radicalismos e a intolerância de alguns têm levado analistas e militantes a repensar a questão da transformação social. A liberdade, a igualdade, a solidariedade e a fraternidade estão a merecer novas reflexões sobre que trilhas seriam necessárias para alcançá-las.

Muitos movimentos se institucionaliza­ram em organizações por meio de políticas sociais. A grande novidade passou a ser a centralidade das ONGs no cenário das de­mandas sociais. O perfil do militante dos movimentos também se alterou. Nos anos 60, 70 e 80 os militantes não dissociavam sua vida particular da atuação nos movimentos, e estes eram associados à política.

Nos anos 90, os antigos militantes enve­lheceram, ou cansaram-se, ou tornaram-se dirigentes de organizações, parlamentares etc. E não se formaram novos quadros de militantes. Os poucos novos que surgiram passaram a atuar de forma radicalmente di­ferente. O slogan "o importante é ser feliz"

é bastante ilustrativo. Ninguém quer mais sobrepor os interesses do movimento aos de sua vida pessoal, particular. A militância passou a ser mais seletiva e qualitativa. A mi­litância quantitativa – que dava visibilidade aos movimentos nas ruas, na mídia etc. – re­duziu-se consideravelmente ou simplesmente desapareceu. Estamos apenas constatando as novas opções dos mais jovens. Usualmente, nos anos 90 se participa de causas coletivas quando essas causas têm a ver com o mundo vivido pelas pessoas, e não porque estejam motivadas pelas ideologias que fundamen­tam aquelas causas.

Quanto a nós, preferimos continuar acre­ditando na necessidade das utopias e espe­rando que as lições que os movimentos sociais democráticos e progressistas têm dado ao mundo venham a contribuir para a redefini­ção dessas utopias, a reinstaurar a esperança e a crença de que vale a pena lutar por uma sociedade mais justa e igualitária.

Os movimentos são fluidos, fragmen­tados, perpassados por outros processos so­ciais. Como numa teia de aranha eles tecem redes que se quebram facilmente, dada a sua fragilidade; como as ondas do mar que vão e voltam eles constroem ciclos na história, ora delineando fenômenos bem configurados, ora saindo do cenário e permanecendo nas sombras e 'penumbras, como névoa esvoa­çante. Mas sempre presentes.

● Muitos são os movimentos sociais em defesa da manutenção e da criação de direitos. Mas eles foram mudando no decorrer do tem­po. Que mudanças você percebe nos mo­vimentos sociais divulgados pelos meios de comunicação? Como os classifica? São fluidos ou permanentes? São passageiros e frágeis ou envolvem causas mais gerais que dizem respeito a uma sociedade ou a toda a humanidade?


Rerefencias Bibliógraficas:
Sociologia para Ensino Médio- Nelson dacio Tomazi-Volume único 2010

Seminários Temáticos



A República fardada

Apesar do golpe militar promovido em 1964, os movimentos dos estudantes e dos trabalhadores continuaram atuantes e criaram uma situação de contestação aberta ao regime, até dezembro de 1968, quando foi decretado o AI-5, que cassou todos os direitos do cidadão, inclusive o de manifestação. Esses movimentos foram então tirados da cena à força da violenta repressão colocada em prática pelos militares. Entretanto, surgiram os movimentos armados (rurais e urbanos) de contestação ao regime, pois essa foi a única alternativa encontrada por muitos grupos or­ganizados para protestar.

Os seqüestros (que visavam trocar prisioneiros do regime pelo seqüestrado) e os roubos a bancos (para sustentar as ações contra o regime) foram as ações mais utilizadas nas cidades. No campo, foram montados movimentos de guerrilheiros que procuravam organizar a população para fazer frente ao regime militar - o mais conhecido é a Guerrilha do Araguaia, apoiada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B). A repressão aos movimentos armados ocorreu de modo extensivo e cruel.

Após o governo de Ernesto Geisel, de acordo com o projeto dos militares de fazer um retorno à democracia de modo lento e gradual e sob vigilância, foram organizados grandes movimentos políticos pela democratização da sociedade: o movimento pela anistia, que resultou na assinatura da Lei de Anistia pelo presidente-general João Baptista Figueiredo, em 1979; o movimento Diretas Já, entre 1983 e 1984, pelas eleições diretas, que não foram aprovadas pelo Congresso Nacional, e o movimento pela Constituinte, entre 1985 e 1986, que conseguiu a aprovação de instauração de uma Assembléia Constituinte a partir de 1986.

Nessa fase também foram importantes outros movimentos, que se caracteri­zaram pela resistência ao regime e pelas propostas que permitiram um grande avanço democrático os anos seguintes. Destacam-se, entre eles, os movimentos grevistas em São Paulo, principalmente no chamado ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema), região que concentrava o maior parque industrial do Brasil e, portanto, o maior número de trabalhadores industriais. Eles questionavam não só as condições salariais e de trabalho, mas também a legislação que não permitia a livre organização dos trabalhadores e o direito de manifestação. Desses movimentos nasceram a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e, logo depois, o Partido dos Trabalhadores (PT).

No campo, desempenhou importante papel no questionamento da situação da terra no Brasil e no enfrentamento do regime militar o Movimento dos Traba­lhadores Rurais Sem Terra (MST). Organizado no Sul do país, a partir de 1979, com apoio de parte da Igreja Católica (Pastoral da Terra), do PT e da CUT, o MST tinha como objetivo fundamental criticar a estrutura da propriedade da terra no Brasil (onde o latifúndio é dominante) e as condições de vida dos trabalhadores rurais. Suas ações foram mais marcantes no período seguinte.

Além desses movimentos surgiram outros, como o Movimento contra o Custo de Vida (MCV), criado em 1973, em São Paulo, e ativo por vários anos. O MCV chegou ao fim com o Plano Cruzado (1986), que reduziu por pouco tempo os preços dos alimentos.

De Canudos à Coluna Prestes


De Canudos à Coluna Prestes

Os movimentos sociais que ocorreram entre o final do século XIX e os primeiros anos do século XX mostra­vam um caráter político e social marcante, mesmo com vigilância rígida sobre a população do campo e da cidade. Dois movimentos dessa época podem ser lembrados pela denúncia da miséria, da opressão e das injustiças da Re­pública dos Coronéis: a Guerra de Canudos e a Guerra do Contestado.

A Guerra de Canudos aconteceu entre 1893 e 1897, na Bahia. O movimento foi liderado por Antônio Conselheiro. Com ele, sertanejos baianos estabeleceram-se em Canudos, um lugarejo no nordeste da Bahia, e constituíram uma co­munidade de cerca de 30 mil habitantes. Viviam num sis­tema comunitário: não havia propriedade privada e todos os frutos do trabalho eram repartidos.

O segundo levante ocorreu em 1924, em São Paulo, e reuniu cerca de mil homens. Eles ocuparam os pontos estratégicos da capital paulista, fazendo com. que os governantes fugissem da cidade. A reação também foi rápida e, com a ajuda de tropas do Rio de Janeiro, a situação foi controlada.

O líder da revolta, general Isidoro Dias Lopes, dirigiu-se com uma tropa numerosa para o Sul do país, com a determinação de continuar a luta contra o governo. Assim nasceu a Coluna Paulista, que, ao se encontrar com outros militantes revoltosos, liderados por Luís Carlos Prestes, formou a Coluna Pres­tes. Esta percorreu mais de 20 mil quilômetros do território brasileiro, do Sul ao Nordeste, atravessando doze estados, com o objetivo de levantar a população contra o poder das oligarquias regionais. Os integrantes da Coluna Prestes de­fendiam muitos princípios que seriam a base para as mudanças que ocorreram no governo de Getúlio Vargas.

OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL


OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL
Há registros de movimentos sociais no Brasil desde o primeiro século da colonização até nossos dias. Esses movimentos demonstram que os que viviam e os que vivem no Brasil nunca foram passivos e sempre procuraram, de uma ou de outra forma, lutar em defesa de suas idéias e interesses.
Lutas no período colonial
Durante o período colonial (1500-1822), os movimentos sociais mais significativos foram os dos indígenas e os dos africanos escravizados. Além disso, ocorreram vários movimentos políticos, dois deles pela independência do Brasil.
Os povos indígenas lutaram do século XVI ao século XVIII para não ser escravizados e para manter suas terras e seu modo de vida.
Os escravos africanos também não ficaram passivos diante das condições em que viviam. A principal forma de resistência eram as revoltas localizadas e a formação de quilombos, que existiram do século XVII até o fim da escravidão.
Os quilombos se estruturaram em várias partes do Brasil. O maior e mais significativo foi o de Palmares, que se localizava no atual estado de Alagoas. Ele começou a se formar por volta de 1630 e foi mantido até 1694, e teve de 20 a 30 mil habitantes. Mas outros grandes quilombos se formaram em diferentes épocas e lugares da colônia.
Além dos movimentos dos indígenas e dos escravos, ocorreram no Brasil colonial dois movimentos pela independência em relação a Portugal: a Incon­fidência Mineira (1789-1792) e a Conjuração Baiana (1796-1799). Ambos tinham por base as idéias disseminadas pela Revolução Francesa, mas havia diferenças em seus objetivos. Os inconfidentes mineiros propunham a in­dependência e um governo republicano, mas não o fim da escravidão. Já os conjurados baianos defendiam a independência e o fim da escravidão, um governo republicano, democrático, com liberdades plenas, o livre comércio e a abertura dos portos. Esses movimentos foram reprimidos de modo violento e seus líderes, presos, degredados ou enforcados.






Revoltas regionais, abolicionismo e republicanismo
No período imperial, entre 1822 e 1889, ocorreram movimentos pelo fim da escravidão e contra a monarquia, tendo como objetivo a instauração de uma república no Brasil ou a proclamação de repúblicas isoladas.
Todos esses movimentos foram reprimidos violentamente, com muitas mor­tes e prisões. A idéia do governo em vigor era torná-Ias exemplos a não seguir.
Durante o Império ocorreram ainda movimentos em que se lutou por questões específicas, contra as decisões vindas dos governantes, percebidas como autoritárias. Em 1851, por exemplo, alastrou-se por várias províncias do Nordeste a chamada Revolta Ronco da Abelha, contra o decreto que exigia o registro civil de nascimentos e óbitos. Dizia-se que essa era uma forma de escravizar os recém-nascidos. Outro exemplo é a Revolta do Quebra-Quilos, que começou na Paraíba em 1874 e se espalhou por todo o Nordeste, contra as arbitrariedades dos cobradores de impostos e contra os novos padrões de pesos e medidas de acordo com o sistema decimal. Também aconteceu em várias províncias do Nordeste, em 1875, a Revolta das Mulheres, contra um decreto que alterava a forma de recrutamento para o serviço militar.
Além das revoltas regionais, dois grandes movimentos sociais, a partir de 1850, alcançaram âmbito nacional: o movimento abolicionista e o republica­no. Eles se desenvolveram paralelamente, mas com composições diferentes, e foram fundamentais para a queda do Império e a instauração da República no Brasil.
O movimento abolicionista agregou políticos, intelectuais, poetas e ro­mancistas, mas também muitos negros e pardos libertos. Cresceu lentamente, pois sofria a oposição dos grandes proprietários de terras e escravos. Por isso, quando finalmente ocorreu a abolição, os ex-escravos foram deixados à própria sorte, o que criou uma questão social que até hoje está presente no país.
O movimento republicano foi dominado pelos segmentos mais ricos da sociedade. A organização buscava uma nova forma de acomodar os grupos que desejavam o poder sem a presença do imperador e da monarquia. Houve a participação de libe­rais que defendiam uma república democrática, mas eles foram afastados e os conservadores se apossaram do poder.
Tanto o movimento abolicionista quanto o republicano utilizaram a imprensa e a discussão em vários níveis sociais; ambos conseguiram seus objetivos ao mesmo tempo, de tal modo que o fim da escravidão no Brasil, em 1888, abriu as portas para a implantação da República, em 1889.






sexta-feira, 3 de agosto de 2012


Descrição sumária dos procedimentos de construção de:

Primeira questão:
Esta primeira questão sobre como surgiu à cidade de Ibitiara, seu processo histórico, surgiu exatamente por que a história desta cidade, não é bem conhecida por seus moradores, muitos destes não compreendem a sua formação e origem.Sendo assim  muito difícil introduzi-la no currículo local, e  esta correndo o risco de ser esquecida perante as gerações futuras.recorremos a um a pesquisa locam ,entrevistando moradores e reunindo matérias que estes possuíam sobre a historia da cidade, também foi analisado livros escritos sobre esta ,para a comprovação dos dados. Estudamos todo esse material para produzir um texto,procurando reunir informações com o maior numero de veracidade possível.


Segunda questão:
Como introduzir a História de Ibitiara no Currículo Local?Primeiramente a adaptação do currículo com a realidade de seus estudantes é algo defendido pelas Leis e Diretrizes e Bases da Educação nacional, porém para que esta seja introduzida é necessário que se haja fontes de pesquisa e para o analise e estudos destas. Esta pesquisa pretende reunir estas fontes e se criar um projeto para ser trabalhado diretamente em sala de aula sobre o processo histórico de Ibitiara, juntamente com suas mudanças e questões atuais. Entrevistamos professores a alunos e cidadãos da comunidade a respeito dessa temática. Consultamos as normas educacionais de cada uma desta e procuramos pensar em projetos para se trabalhar com esse tema nas escolas.
Contexto e participantes:

A cidade de Ibitiara tem 77 anos de emancipação. Possui área de 1.848 km² e um total de habitantes de 15. 508. Esta pesquisa pretende reunir fontes para a pesquisa histórica desta, para que esta seja introduzida no currículo local e que os estudantes possam compreende todo o processo de formação da sua cidade. Esta pesquisa realizada por três estudantes de Licenciatura em História  pela Universidade do Estado da Bahia, sendo que destas duas são filhas da cidade e outra de uma região próxima a esta. Em constante contado com a Secretária de Cultura da Cidade, com a Biblioteca Municipal e com os criadores e sites sobre a cidade, analisando livros sobre a história da cidade, e fazendo uma pesquisa com fontes orais, moradores mais antigos que guardam em casa valiosos documentos e objetos históricos. Reunindo todos estes dados e com o auxilio de professores que tentaram introduzir a história da cidade no contexto escolar, foi possível produzir este trabalho.

Terceira questão: Como as novas tecnologias podem ajudar na produção de registros históricos sobre Ibitiara? Sites relacionados à cidade já existem, porém ao relatar sobre sua historia , não trazem informações suficientes, sendo assim necessário uma pesquisa mais ampla sobre a cidade para o enriquecimento destes sites e a criação de fontes seguras e com informações relevantes.Então um documentário com todas as informações que reunimos, para ser postado no You tube, de forma que todos os interessados em estudar e saber sobre a História de Ibitiara,possam ter acesso a o maior numero de informações verídicas sobre a  cidade..


● Procedimentos e instrumentos de coleta de dados:

Iniciamos a nossa pesquisa entrevistando alguns escritores a cidade, um que já teve seu livro publicado Manoel Santana e a Nadir Xavier que ainda está no processo de estudo e pesquisa também, seu livro será lançado em breve e promete ser uma das obras mais completas sobre a cidade de Ibitiara. Analisando estas obras, os sites já existentes sobre a cidade, visitando a Secretaria Municipal de Cultura, com seu diretor Albino Pereira, que forneceu fontes e informações relevantes para este trabalho. Entrevistas com alguns dos moradores mais antigos, descendentes de famílias que participaram da fundação da cidade, muitos que ainda guardam objetos e documentos com grande importância histórica.
●Procedimento para organização de resultados:

 Com base nas pesquisas e as orientações dos professores, organizamos todas essas informações em textos, selecionando as mais relevantes para o objetivo deste trabalho. E o produto final será um documentário, com todas as informações, registros adquiridos ao longo deste trabalho que possam construir fontes históricas para a preservação destes resultados e para que estes estejam ao alcance de todos os que virem a se interessar pela historia da cidade de Ibitiara. E que as escolas locais possam trabalhar com a história da sua cidade com seu educandos, não mais sendo interferidas por falta de fontes. É claro que estas fontes não responderão a todas as perguntas sobre a cidade, pois muito se perdeu com o tempo. Mas nortearão aos estudantes a compreender sobre a origem da cidade e todo o seu precessod e formação.



3-Tecnológica:
 

Como usar as novas tecnologias, para se criar fontes de pesquisa sobre esta cidade, sanando sua deficiência em registros históricos?



A deficiência desses recursos sobre Ibitiara é um fator que gera questionamentos tanto entre a população quanto entidades representantes educacionais ou culturais. As novas tecnologias podem ser de fundamental importância para estes questionamentos. Atualmente a Secretaria de Cultura e alguns pesquisadores vêm tentando sanar esta deficiência, encontrando muitas barreiras em seu caminho. 

Um desses meios são sites que retratam a historia e cultura local como, por exemplo, o www.ibitiara.xpg.com.br/ e o www.ibitiara.com que são portais de notícias e de eventos culturais da cidade criados por seus próprios moradores para introduzir a cidade ás novas tendências. Estes podem ser ainda possuem poucas informações sobre a cidade, mas com pesquisas embasadas podem ser ampliados e se tornando grandes fontes de consultas. Existe também um espaço para artigos produzidos por moradores e pessoas que acessam os sites, o que o torna ainda mais atraente e enriquecedor no ponto de vista cultural. Vídeos podem ser postados, com entrevistas com pessoas que conhecem muito bem a historia de Ibitiara, uma das suas maiores riquezas e a cultura que é passada oralmente entre as pessoas, é inegável o saber que seus filhos carregam com o tempo, muita coisa se perdeu porém a memória de seus filhos ainda enriquece o conhecimento de muitos.

2)Pedagógica:Como introduzir no currículo local, a história de Ibitiara para que esta seja estudada e compreendida pelos estudantes?



As escolas da cidade de Ibitiara seguem como base para a matriz curricular os Pcn’s e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino de cada área e de cada seguimento - serie. Porém estas possuem autônima para a adequação de conteúdos referentes à realidade regional de seus estudantes.
O nascimento desta está relacionado com a atuação dos portugueses aqui no Brasil, seu processo de colonização e exploração de riquezas. Independente das fontes históricas serem restritas, e muitas fontes terem se perdido com o passar do tempo, esta deve ser pesquisada, analisada e acrescentada no currículo das escolas locais, para que esta seja conhecida pelas gerações futuras e compreendida pelas presentes. Afinal, se existe povo, existe historia. Porém, já foi realizado, relacionado ao contexto histórico da cidade, pesquisas sobre objetos antigos, os primeiros casarões, estes que infelizmente não foram preservados, dificultando assim a preservação de monumentos históricos da cidade.
Todos estes trabalhos de pesquisa e produção de fontes sobre a história local seriam ainda mais ampliados se esta fosse introduzida no currículo local, com projetos onde os fossem abordados desde a chegada dos desbravadores portugueses este local, seus interesses e atuação na área, como o processo de emancipação da cidade, a questão da deficiência de registros históricos, por que até esta deve estar ligada ao processo de construção da cidade.

1)História:Como se deu a emancipação da cidade de Ibitiara?Qual o processo histórico na formação desta cidade?







  A História de Ibitiara teve inicio na parte final do século XVIII, naquela época desbravadores portugueses chegaram pela primeira vez na região em busca de ouro. Com isso, outras expedições começaram a afluir com o mesmo objetivo. Entretanto esses aventureiros, tendo conhecimento das riquezas naturais da região, estes começaram a se fixar formando uma pequena povoação denominada Remédios, dados encontrados no livro História de Mocambo, de José Manoel Santana. O nome Ibitiara é de origem indígena IBI: Terra TIARA: Ouro, sendo assim “Terra do Ouro.” São os dados encontrados nos documentos arquivados na Secretaria da Cultura desde município e nos sites criados para relatar a história desta. Boa parte do que se sabe da historia desta cidade são de fonte particulares, famílias que registraram e guardam registros, documentos e objetos que carregam consigo um valor histórico importantíssimo para IBITIARA.





Por :Elena Carvalho

Delimitação do tema e da pesquisa histórica:


A História de Ibitiara: processo histórico.


PROBLEMA:  
Produzir fontes de pesquisa para facilitar o acesso destas informações a população e pesquisadores, para que a história dessa cidade possa ser estudada e passada de geração em geração, sanando da deficiência em registros históricos.
OBJETIVO GERAL:

Reunir o máximo de material possível e produzir fontes de pesquisa para facilitar o acesso destas informações a população e pesquisadores.

Objetivos específicos:

 *Compreender o processo de formação e emancipação da cidade;
*Produzir fontes de registros históricos da mesma;
*Produzir registros históricos que informem a população sobre sua historia;
*Conscientizar os estudantes da importância de se estudar a historia local, e da produção e registros sobre esta;








Aconteceram, no continente americano, dois tipos de colonização.


A América foi descoberta pelos europeus, após esse acontecimento diversos países do velho continente se dirigiram para a nova terra. O continente americano foi colonizado principalmente por portugueses, ingleses, espanhóis, franceses e holandeses. Porém, o processo de colonização aconteceu de forma distinta entre os países do continente.
Os países considerados latinos tiveram uma colonização de exploração, ou seja, apenas forneciam riquezas oriundas da natureza (madeira, pedras preciosas, entre outros) e cultivavam produtos tropicais (cana-de-açúcar, café, borracha, entre outros). Em resultado a essa intensa exploração, os países latinos herdaram desse período um grande atraso socioeconômico que reflete nos dias atuais.
Por outro lado, os países que fazem parte da América Anglo-saxônica tiveram uma colonização de povoamento. Isso quer dizer que o interesse da metrópole era povoar e desenvolver o lugar. Nesse tipo de colonização a intenção não estava ligada à exploração de riquezas com a finalidade de enviá-las para a metrópole, e sim de abastecer os próprios habitantes. Em suma, as riquezas produzidas permaneciam no país. Essa característica foi de fundamental importância para que países como Estados Unidos e Canadá se tornassem grandes nações, sendo o primeiro a maior potência mundial.
Diante das considerações apresentadas, fica claro que o fator determinante para o desenvolvimento ou subdesenvolvimento dos países americanos está ligado a fatos históricos. A forma de ocupação é raiz das condições atuais dos países do continente.














Cronologia da História da América

1492 - Cristóvão Colombo descobre a América a 12 de outubro.
1500 - Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil a 22 de abril.
1501 - Busca da passagem pelo Nordeste por Corte Real.
1519 - Conquista do México, realizada por Hernán Cortez.
1531-1532 - Conquista do Peru, realizada por Francisco Pizarro.
1535 - Pizarro funda a cidade de Lima | Conquista do Chile, por Almagro.
1536 - Fundação da cidade de Buenos Aires por Mendonça | Aiolas funda Assunção.
1538 - Quesada funda Santa Fé de Bogotá.
1540 - Descida do Amazonas, por Orellana.
1541 - Valdívia funda a cidade de Santiago do Chile.
1563 - Chegada dos primeiros 300 escravos negros às colônias britânicas da América do Norte.
1567 - Fundação da cidade de Caracas.
1584 - Organização das reduções de indígenas realizada pelos jesuítas.
1604 - Franceses fundam Port-Royal (atual Anápolis, Estados Unidos).
1608 - Champlain funda Quebec.
1609 - Holandeses fundam a cidade de Nova Amsterdam (atual Nova York, Estados Unidos).
1649 - Liberdade de crença religiosa na colônia católica de Mayland.
1697 - Finda a primeira guerra colonial entre a França e a Inglaterra.
1726 - É fundada a cidade de Montevidéu.
1744 - França e Inglaterra travam a segunda guerra colonial.
1759 - Invasão do Canadá pelos ingleses.
1763 - França perde o domínio do Canadá.
1776 - Os Estados Unidos se declaram nação independente.
1780 - Tupac-Amuru lidera a revolta inca contra o domínio espanhol.
1789 - George Washington é o chefe de estado dos Estados Unidos da América.
1799 - Morte de George Washington.
1803 - O território do atual estado de Louisiana é comprado dos franceses pelos americanos.
1806 - Buenos Aires é atacada pelos ingleses.
1807 - Tomada de Montevidéu pelos ingleses, e novo ataque a Buenos Aires.
1810 - Paraguai declara-se independente. | Bolívar lidera revolta na Venezuela e é derrotado. | Hidalgo lidera a primeira tentativa de emancipação mexicana.
1812 - Bolívar é novamente derrotado.
1814 - Revolução vitoriosa na Venezuela, com Bolívar assumindo poderes ditatoriais | Revolução vitoriosa no Uruguai.
1815 - Morelos lidera a segunda tentativa de emancipação do México.
1816 - Mina lidera a terceira tentativa de emancipação do México.
1818 - Libertação do Chile pelo General argentino San Martin.
1820 - O general espanhol Iturbide passa para o lado dos revoltosos mexicanos.
1821 - O Peru alcança sua independência | O regente português D. João VI conquista a Banda Oriental (Uruguai) e a anexa ao Brasil.
1822 - Iturbide lidera a revolta vitoriosa e torna-se Imperador, sob o nome de Agostinho I | Bolívar liberta o Equador.
1823 - Abdicação de Agostinho I | Doutrina Monroe nos Estados Unidos | Separação das Províncias Unidas da América Central do México.
1824 - Vitória do General Sucre na Batalha de Ayacucho, acarretando na libertação definitiva do Peru | Iturbide, após viagem à Itália, volta ao México, onde é preso e fuzilado.
1825 - Independência do Alto Peru (Bolívia) | Revolta da Banda Oriental, que tende a separar-se do Império Brasileiro.
1828 - Uruguai alcança sua independência.
1830 - Expulsão e morte de Bolívar.
1833 - Ilhas Malvinas (Falklands) ocupadas pela Inglaterra.
1834 - Argentina sob a ditadura de Rosas.
1839 - Desmembramento das Províncias da América Central em cinco repúblicas: Costa Rica, Guatemala, Honduras, São Salvador e Nicarágua.
1845 - Guerra pela posse dos territórios do Texas (Estados Unidos e México).
1848 - Através do Tratado de Guadalupe, os Estados Unidos anexam aos seus domínios os territórios do Texas, Califórnia, Arizona e Novo México, pagando uma irrisória indenização.
1851 - Brasil e Urquiza em aliança.
1852 - Ditadura de Rosas chega ao seu fim.
1861 - Guerra de Secessão nos Estados Unidos tem início.
1863 - O general francês Forey entra vitorioso na capital mexicana.
1864 - Maximiliano torna-se Imperador do México | Intervenção brasileira no Uruguai | Início da Guerra do Paraguai.
1865 - Finda a Guerra de Secessão nos Estados Unidos. Vitória do Norte. O Presidente Lincoln é assassinado.
1867 - Retirada das tropas francesas do México realizada por Napoleão III, sob as exigências dos Estados Unidos. Fuzilamento do Imperador Maximiliano, que carecia de recursos militares. Benito Juárez sobe novamente ao poder | A Rússia vende o território do Alaska aos Estados Unidos | Autonomia do Canadá em relação à Inglaterra.
1870 - A Guerra do Paraguai termina, com a vitória dos aliados (Argentina, Brasil e Uruguai).
1876 - Por causa da salitreira de Antofagasta, Chile declara guerra ao Peru e à Bolívia.
1883 - Chile sai vitorioso da guerra contra Bolívia e Peru. A Bolívia, assim, perde a faixa litorânea do Pacífico.
1885 - Inaugura-se a estrada de ferro transcontinental canadense de Halifax a Vancouver.
1888 - Presidência do México é de Porfírio Díaz.
1895 - Revolução separatistas em Cuba.
1898 - Havaí passa para os domínios dos Estados Unidos: ocupação americana em Porto Rico, Cuba, Filipinas, Guam e Marianas.
1903 - Revolta panamenha fomentada pelos Estados Unidos, que intencionava controlar o Canal de Panamá | Criação da República do Panamá
1906 - Em San Francisco, Califórnia, um dos grandes terremotos de sua história.
1914 - Canal do Panamá é inaugurado.
1917 - Entrada dos Estados Unidos na I Guerra Mundial.
1918 - Os Estados Unidos vencem a Guerra.
1930 - Eclode revolução na Argentina.
1932 - Presidência de Roosevelt nos Estados Unidos, com o New Deal e a política de boa vizinhança.
1941 - Ataque japonês a Pearl Harbour, no Havaí, e subsequente entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial .
1942 - Chanceleres americanos em conferência no Rio de Janeiro.
1945 - Vitória americana e aliada na II Guerra Mundial .






fonte e leituras recomendadas: